Nas últimas décadas, a psicanálise tem expandido seus horizontes, buscando compreender fenômenos contemporâneos que moldam a subjetividade humana. Um estudo recente publicado na International Journal of Psychoanalysis explora como o uso intenso de redes sociais afeta o inconsciente, evidenciando padrões de comportamento e mecanismos de defesa adaptados à era digital.
A pesquisa revela que plataformas como Instagram e TikTok funcionam como espelhos modernos, reativando aspectos do conceito lacaniano de “estádio do espelho”. Os usuários, ao criarem uma imagem idealizada de si mesmos nas redes, frequentemente enfrentam uma disparidade entre o “eu real” e o “eu projetado”. Essa tensão pode gerar angústia, narcisismo exacerbado ou até comportamentos compulsivos.
Além disso, o estudo aponta que o ambiente virtual intensifica a busca por validação externa, muitas vezes relegando desejos inconscientes não atendidos para as sombras. Isso levanta questões fundamentais para a prática psicanalítica hoje: como abordar pacientes cujas dinâmicas psíquicas estão profundamente influenciadas pelo mundo digital?
Com a crescente integração entre tecnologia e vida cotidiana, a psicanálise se depara com novos desafios e possibilidades. Reflexões como essas não apenas enriquecem o campo teórico, mas também apontam caminhos para práticas clínicas inovadoras. Afinal, em uma era de conexões virtuais, como podemos fortalecer a conexão mais essencial: aquela com nosso próprio inconsciente?

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